sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Charlotte Gainsbourg


Charlotte Gainsbourg já nasceu sob o signo de dois grandes ícones: Ela é filha da atriz inglesa Jane Birkin, que fez sucesso no final da década de 60, início da de 70 na cena de cinema francesa, e do cantor e compositor Serge Gainsbourg. Apesar de ser franco-inglesa, Charlotte sempre morou e estudou na França, tirando o período em que frequentou uma escola na Suiça.

Capa do disco 5:55
 Mesmo sendo filha de duas pessoas que se tornaram de extrema importância na cultura pop ocidental, ela não se acomodou, e se mostra uma artista completa e de personalidade única e marcante. Ela já lançou 4 álbums, mas o primeiro foi com o pai na década de 80, e se chamava Charlotte For Ever. Depois ficou um longo período sem dar as caras na cena musical, e mais de 20 anos se passaram até que Charlotte lançasse três albuns de sucesso. O primeiro da sua fase adulta (em Charlotte For Ever ela tinha apenas 15 anos) foi o aclamado pela crítica e sucesso de público 5:55, que tem faixas incríveis, como a The Operation e Morning Song, minhas faves do CD, lançado em 2006. Após ela se firmar como uma cantora influenciada pelo rock, pelo pop e pelo folk (uma salada que deu certo), a inglesa lançou em 2010 o disco IRM, que se manteve fiel ao estilo do primeiro, músicas calminhas e com jeito de sonolentas, com a voz sussurrante de Gainsbourg. O interessante do segundo disco é que ela se arriscou mais no frânces, língua que sempre falou, mas que no primeiro disco só compôs uma única faixa no idioma. A música Voyage é incrível, e se assemelha pouco ao que conheço da cantora, e que quando ouvi pela primeira vez me surpreendeu para o bem, é tão enérgica, e tem um quê de Natasha Khan cantando suas músicas mais fortes. No entanto, as que mais ouço não são as cantadas em francês, e sim a conhecidinha Heaven Can Wait e a mais animada Trick Pony. O último disco foi o que achei mais diferente dos trabalhos anteriores, a voz sussurrante foi (quase) embora, e rolou vários remixes (chocada), e definitivamente tem uma pegada mais eletrônica, mas isso não quer dizer que a qualidade do trabalho tenha diminuido, e sim que agora abrange um público maior. Quem gosta de Metronomy pode desde 2011 se esbaldar com Stage Whisper, o nome do seu terceiro álbum. Achei Paradisco meio parecida com aquela música que a Kate Nash fez com o Metronomy, Ooh Maybe, por isso a associação logo de cara. O interessante de Charlotte é que a cada disco ela chega com uma surpresa, o primeiro ela mostrou o seu estilo e disse a que veio, o segundo se arriscou em faixas em francês e mais enérgicas, e o terceiro sua voz fica mais firme, e as músicas tem um fundo mais eletrônico.

                                O Clipe Terrible Angels, com direito a uma coreografia

Com tantas influências musicais, o seu estilo não poderia sair ileso dessa salada. Apesar de não ser ligada a exageros, como muitas cantoras que ousam com chapéus, batons vermelhos e roupas extravagantes, Charlotte se firmou como um ícone da moda justamente por ser clean, por sempre evitar o over. Ela costuma aparecer na rua usando calça skinny, uma camisa básica, e muitas vezes um blazer. As fashionistas que se esforçam pra estar tão na moda podem se morder de inveja de Charlotte porque sem fazer o menor esforço, e com um estilo mega básico, ela consegue ser uma cantora bem appealing à indústria da moda. Ela já posou para a Balenciaga e apareceu 5 vezes na capa da Elle francesa, além de ter um editorial lindo fotografado pela própria irmã na Vogue francesa. Recentemente, ela deu uma entrevista a Vogue brasileira dizendo que ama perfume nos outros, mas que odeia nela, e que por isso não usa. Só Charlotte poderia dar uma declaração desse tipo e eu achar lindo. Vai negar que o estilo dela é básico e sem grandes surpresas, mas que ela tem aquele je ne sais quoi que transforma qualquer camiseta branca e calça jeans em uma produção legal?


Charlotte para Balenciaga

sábado, 15 de setembro de 2012

Natasha Khan de Bat For Lashes


A inglesa Natasha Khan já lançou dois discos de sucesso, o de estreia Fur And Gold, lançado em 2006, e também o aclamado Two Suns, que saiu do forno em 2009. Daniel, do segundo álbum, foi sua única música que entrou no top 50 do Reino Unido. O primeiro disco não conheço muito, mas o segundo eu amo! Sleep Alone, Whats a Girl To Do, Peace of Mind, enfim... todas as músicas são boas! O estilo é sempre o mesmo, sua voz suave e calminha, mas há sempre um fundo de drama, que fica por conta do instrumental, e mesmo sem agitar demais, ou forçar a voz, Natasha Khan consegue passar todas as emoções. É o caso da música nova Laura, do album The Haunted Man que segue a mesma linha de todas as suas faixas, ou seja, certeza de todo o meu amor!E olha como ela aparece lindinha de cabelo curto no clipe de Laura!


Amo o seu rosto diferente, misturado, tão não típico do Reino Unido. Natasha, que é filha de pai paquistânes e mãe inglesa, já disse a diversos jornais que foi vítima de racismo na sua escola quando era criança. E foi isso que iniciou sua paixão por música, porque depois que o pai a deixava na escola, ela voltava pra casa e escutava Nirvana o dia inteiro. As crianças que a maltratavam no colégio devem estar bem arrempedidas, olha como ela é linda e estilosa hoje em dia!

Quando fui procurar no google imagens que mostrassem seu estilo, inicialmente achei um pouco confuso, afinal quase não tinha fotos dela fora dos palcos, ou fora de eventos, mas olhando com calma pude perceber o seguinte: Nos shows muita cor, capas, e também aquelas mangas morcegos, que se abrem quando abrimos os braços, sabem?! Além da sua marca registrada que é a pintura nos olhos. Ela já apareceu com aquela faixinha vermelha indígena, com um arco-íris que descia até o pescoço, e também com maquiagem imitando lágrimas, em azul, vermelho... Criatividade é o que não falta! Mas e no dia-a-dia? Obviamente sem condições de sair por aí toda pintada igual uma índia amazônica, então entram em cena brincos de pena (amo!), roupas rasgadas e soltinhas, e também lenços estampados amarrados na cabeça. De dia ou de noite, Natasha embarca sempre numa onda tribal, bem étnica.
Para nos inspirarmos em Natasha, não é preciso despenar uma galinha (ou um pavão) e sair por aí. A melhor pedida para o estilo tribal é sempre: Franjas, materiais naturais (couro, camurça), tons fechados, como o vermelho urucum, e também aquela estampa étnica clássica. Abaixo, separei umas fotos de umas amigas que sairam no estilo indígena, mas não levaram tão ao pé da letra. Curti o resultado e ficou tudo super usável.

A pintura no rosto é porque era uma "festa na tribo", mas se tirar isso dá pra sair por aí tranquilamente. Até a próxima postagem!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Florence Welch


A vocalista da banda Florence and The Machine, Florence Welch, anunciou que ficará um ano de férias. Ela disse ao Terra que como a gravadora não está fazendo pressão para o próximo disco, resolveu passar um tempo parada em Londres. Bem, não exatamente parada, porque Florence declarou que pretende praticar um jogo que adora, e que chama de Hipster Safari, apenas sentar e observar as novas tendências de moda. E já que se trata de Londres isso pode levar horas e horas. E enquanto ela se diverte com o seu jogo, a gente pode aproveitar e ouvir os dois discos, aí já aquecemos os ouvidos para o terceiro. A inglesa lançou seu album de estreia, o Between Two Lungs em julho de 2009, e depois em 2011 chegou com o Cerimonials. Os dois seguem a mesma linha, com baladinhas mais dançantes e que tocam nas rádios, e algumas músicas mais calminhas, onde reina a voz de Florence. E mesmo quando seus hits tocam sem parar, não dá pra enjoar. Tem como não amar Dog Days Are Over do primeiro disco?! Além de cantar músicas autorais, ela já gravou diversas faixas de outros atores. Amo Postcards From Italy do Beirut, prefiro até do que a versão original, e também não consigo resistir ao cover de Halo, da Beyoncé (Sim, isso existe)!






Estilo 3




Além de se destacar no mundo musical, Florence também apareceu com um estilo único e super feminino. Sempre cheia de rendas, transparência e roupas soltinhas, ela abusa de saias e vestidos, e arrisca uns chapéus de vez em quando (tem um vinho dela que amo, quase igual ao que está aqui ao lado). Tudo com o complemento do cabelo ruivo, que as vezes fica mais claro ou mais escuro, mas não importa, tá sempre lindo. Os sapatos do tipo oxford estão muito presentes também no seu figurino, e são uma alternativa menos girlie do que um par de sapatilhas, e menos "relaxado" que os tênis. E não são só os fãs de Florence and The Machine que a acham estilosa não, afinalela já apareceu na capa da Vogue UK, da Vogue japonesa e da Harper's Bazaar
também do Reino Unido.


Na montagem que fiz no polyvore, essa invenção incrível da humanidade, coloquei peças que achei que tinham a ver com o estilo dela. Blusa à venda na monki.com por 20 euros, saia River Island por 18 libras, sapatos Ollio por 18 dólares, e chapéu French Connection à venda na asos.com. Ai, eu sei que é tudo da "gringa" e isso é um saco, mas é que as peças do Brasil estão em bem menos quantidade no site que uso, mas pelo menos alguns sites entregam aqui (a taxas absurdas, confesso). Melhor mesmo é o look servir de inspiração, afinal as lojas do Brasil também são bem legais e cheias de coisas interessantes. Até a próxima!